Um dia, finalmente, ele confessou ter ciúmes da tatuagem dela. Alegria, era o que dizia na pele. Alegria antiga, que falava de outro amor — que não foi embora sem antes semear a alegria nela. O que ele sentia diante disso era palavra feia e triste. Tanto, que tudo fez para roubar sua alegria. Depois foi embora, deixando nada para trás, imaginando que levava consigo a alegria dela. Levou foi uma tristeza na alma. Tristeza fácil de espalhar, que cresce e multiplica feito praga. Mas bastou um tempo para a alegria dela acender de novo, maior e mais forte. Estava na pele. Na alma. E o que ele sente hoje é um vazio por não ter cultivado a sua. E o que ela sente por ele é compaixão.
(Desalegria, via AMOR E PONTO)
(Desalegria, via AMOR E PONTO)
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